Gverreiros de Bracara Avgvsta

       Eles são mais do que onze.
     Juntamente com os seus líderes travam uma guerra em defesa de um reino. É sabido que representam um reino de pouca fama e essa será, com toda a certeza, a maior das suas dificuldades. Vivem num mundo em que ser diferente e representar uma minoria não é considerado boa aposta.
     Observados pelos chefes e aldeões do reino, buscam em cada batalha o triunfo que os poderá levar á glória. Juntos, e dentro do campo de batalha, são como que uma mistura de raça, talento e ambição. Há até quem lhes chame Gverreiros. Garanto eu que têm tudo para o ser.
     Pode até ser que, individualmente, não sejam melhores que os seus oponentes directos mas juntos serão, com toda a certeza, capazes de fazer com que qualquer outro batalhão trema só de pensar na batalha que se avizinha. Basta que pensem que por detrás do triunfo do grupo, está o crescimento e valorização individual. Ninguém cresce sozinho.
     A eles, junta-se uma legião que aposta neles como ninguém. Acreditam, verdadeiramente, que este poderá ser o grupo que irá marcar a diferença, o grupo que irá marcar para sempre a História do seu reino e de todo o conjunto de reinos vizinhos.
     Não lhes é exigido que ganhem todas as batalhas ou até mesmo a guerra. Apenas lhes é pedido que entrem em cada batalha com uma força, garra e ambição desmedidas e que,  no fim, saiam de cabeça bem levantada e com o sentimento de dever cumprido.
     Tenho para mim que, caso lhes fosse possível ganhar a guerra, de certo lhes ergueriam uma estátua num local bem visível da aldeia, para que todos os forasteiros, recém chegados, pudessem ver quem tinham sido aqueles que levaram o bom nome do reino a um nível superior.
     Imagine-se, então, a quantidade de convites que iriam surgir para que estes Gverreiros fossem mostrar, além fronteiras, todas as capacidades e aprendizagens, adquiridas e inerentes a cada um. Seria de loucos, digo eu.
     Até ao momento, muito se fez para que o rumo da História mudasse e muito, ou quase tudo, lhes é devido. E, por isso mesmo, deixo um especial agradecimento a ele, e a ele, e a ele, e …
      Concluo dizendo que muito caminho ainda há a percorrer para que este monte de “ses” se venha a tornar numa verdadeira, esmagadora e definitiva, parte da História. E que, para que isso aconteça, tem que haver um compromisso do todo que existe em cada um de nós para que no fim, e juntado as partes, representemos a enorme e resistente força do “querer é poder”.